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FREQUESIA DA GRANJA E A SUA HISTÓRIA

 

 

GRANJA







 FREGUESIA DA GRANJA

Localização:
Coordenadas 38º 18´ N - 7º 15´ 18´´ O
Região Alentejo

Sub-região Alentejo Central
Província Alto Alentejo
Concelho MOURÃO
📷Administração:
Tipo Junta de Freguesia
Presidente Vera Galhofa (PS)
Características Geográficas:
Área Total 92,47 Km2
População
Total (2011) 605 Habitantes
Densidade 6,5 hab./m2
Outras Informações:
Orago S. Brás
A Granja é uma freguesia portuguesa do concelho de Mourão, na região do Alentejo, com 92,47 Km2 de área e 605 habitantes segundo os censos de 2011. A sua densidade populacional e de 6,5 habitantes por Km2.
A população, como em quase todas as povoações do interior, demasiadamente envelhecida é a maioria dos seus habitantes. A população em idade activa trabalha na Autarquia, na Cooperativa Agrícola, na agricultura, na construção civil, por conta de outrem ou por conta própria. No último ano com a abertura de um lagar de azeite de produtores espanhóis houve mais uma possibilidade de absorver mais alguma mão de obra que está sempre disponível no Concelho.
A Cooperativa Agrícola da Granja foi fundada em 1951 como produtora de azeite. Anos mais tarde começou a produzir vinho e chegou a produzir uma muito apreciada aguardente de figo, que era um produto que havia com alguma abundância nesta região.
Na criação de gado existem algumas ganadarias que também absorvem alguma mão-de-obra e que serão objecto de publicação própria.
Até há poucos anos atrás, a Granja, possuía na sua tradição ancestral uma característica que era muito normal nas povoações do interior, que ajudava também no orçamento familiar das famílias, esta tradição não era mais que um sistema de pastagem comunitária de animais que pertenciam às famílias e que eram guardados, no campo que pertencia à Junta de Freguesia, por uma pessoa, que era paga pelas famílias que possuíam aqueles animais.
Pela manhã os proprietários soltavam os animais para a rua e todos eles, ovelhas, cabras, porcos e vacas seguiam, sozinhos, para o local onde o guardador esperava para o seu ajuntamento, partindo dali para o campo onde pastavam até ao fim do dia. No recolher cada animal ou conjunto de animais lá seguiam sozinhos para as residências dos seus donos. Hoje ainda existe a referida “adua” mas já só com gado bovino e que fica no local todo o ano sendo assistido pelos seus proprietários. A Junta de Freguesia ainda ajuda estes produtores com o semental necessário para a reprodução das fêmeas que pastam nos terrenos da Junta de Freguesia vulgarmente chamada “adua”.
População:
Dos dados disponíveis pelo Instituto Nacional de Estatísticas, nos seus Recenseamentos Gerais da População podemos inserir que em 1864 (1066 habitantes), 1878 (1443 habitantes), 1890 (1297 habitantes), 1900 (1335 habitantes), 1911 (1369 habitantes), 1920 (1424 habitantes), 1930 (1676 habitantes), 1940 (1721 habitantes), 1950 (2130 habitantes), 1960 (2037 habitantes), 1970 (1356 habitantes), 1981 (1152 habitantes), 1991 (905 habitantes), 2001 (746 habitantes), 2011 (605 habitantes), os últimos censos mostram bem o despovoamento a que estão sujeitas as povoações do interior.
Economia:
O sector primário emprega maior números de indivíduos desta localidade.
Festas:
Todos os anos se realizam, tradicionalmente, na freguesia da Granja diversos festejos:
- Festa em honra de S. Brás (No segundo fim de semana de Fevereiro)
- Festas em honra de S. Sebastião, também conhecidas pela festa dos emigrantes (no terceiro fim de semana de Setembro).
Património:
- Igreja Paroquial de São Brás da Granja, Igreja da Misericórdia, Ermida de São Sebastião.
Origem:
- Wikipédia a enciclopédia livre
- Instituto Nacional de Estatística

- Oliveira, Ana Maria Cortez Vaz dos Santos


IGREJA DE S. BRAZ

Pedralvares Monis de Estremôs

Um Mestre Seiscentista Desconhecido



A Alentejana e fronteiriça aldeia da Granja, do concelho de Mourão, possui uma igreja do século XVII, que é o único edifício do local, contruído de alvenaria e cantaria, todos os demais são de taipa.

Sobressai o edifício seiscentista entre as muito brancas e térreas casas de toda a aldeia. É por assim dizer, a torre de menagem do lugar, a sentinela que vela de noite e de dia, mirando horizontes de Portugal e de Espanha. Duma só nave, tem de notável aquela igreja, a grande abóbada de berço que a cobre, apoiada em fortes paredes, onde, de espaços a espaços, vigorosos contrafortes as apoam também.

Se não fosse o interessante pórtico de mármore de Estremoz que se abre na frente principal do edifício, voltada ao poente, nada mais teria de importante.

O pórtico, que é simples e correcto, está assinado e datado, circunstância que nos permite apontar o nome do mestre que o lavrou, - até hoje desconhecido.

Envolve a porta rectangular um pórtico dórico com pedestais, coroado por um frontão, interrompido pelo escudo de Armas de Portugal, do reinado de D. Filipe III.

Os pedestais têm inscritos uns característicos losangos daquela época. As colunas são caneladas nos dois terços superiores e têm aproximadamente oito diâmetros. As bases e capiteis obedecem à ordem, o que não sucede com o entablamento que possuí menos dum quinto da altura total superior dos pedestais.

A arquitrave é dum só dente.

O friso, decorado por sete tríglifos, tem logicamente, entre eles, seis métopes discoides.

Superiormente às Armas de Portugal. Aloja-se um minúsculo frontão de pedra em cujo tímpano ressalta a elegante cruz de Aviz, como chancela da Ordem Militar a que a igreja pertenceu. No vértice daquele pequeno frontão, firma-se uma cruz latina vulgar. A verga da porta é sulcada pela inscrição:

ESTE PORTADO SEFES NO ANNO DE 1629 SENDO PRIOR FREI MEL DE LOV I REIRO E MORDOMOS “ALBERTO MENDES” E DOS ROIZ COELHO E “ESCRIVÃO / BELTEZAR “FRZ ACVSTA” DAFABRICA” E POVO” LAVROVO” PEDRALZ” MONIS I “DESTREMOS”.

Pedralvares Monis de Estremôs, é pois mais um nome a inscrever no Dicionário dos Arquitectos, coligido pelo grande investigador Sousa Viterbo, obra, onde encontrámos um mestre empreiteiro da Igreja de Veiros, em 1550, chamado João Alvares e morador em Estremôs.

Seria pai de Pedralvares?

É possível:

Arquitecto Jorge Segurado     Maio 1926

In Ilustração Alentejana      Abril de 1928



IGREJA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA



            Onde hoje se localiza o Mercado Público, foi outrora a Igreja da Santa Casa da Misericórdia; edifício que devia ter sofrido grandes danos durante as guerras da restauração.

            Encontra-se localizada na Praça, com linhas de arquitectura popular. É aqui que se encontra a Torre Sineira do Relógio.

            Ultimamente sofreu obras importantes de reabilitação do telhado pois as infiltrações estavam a danificar a abóbada, paredes e outras partes estruturais do edifício os quais poderiam colocar em perigo até a sua própria estabilidade.


ERMIDA DE S. SEBASTIÃO



 Ermida de São Sebastião situada na Granja, remonta ao séc. XV, apesar de não se saber ao certo a data da sua construção, em 1596 já existia, sendo seu ermitão André Luís.

Apresenta uma construção em alvenaria em pobre traça arquitetónica. Sofreu intervenções em 1789 com instruções do Arcebispo D. Fr. Joaquim Xavier Botelho de Lima. Possui um alpendre moderno que veio substitui o antigo. Possui um frontaria triangular, centrada por cruz simples, sobre peanha cilíndrica. Na sua cobertura, encontramos telha vã de duas abas e os alçados caiados de branco.

     Servia de Necrotério do Cemitério Público; o antigo edifício foi totalmente modificado pelas obras realizadas em 1789. Recentemente foi construída uma Casa Mortuária junto à entrada do cemitério para velório dos corpos a enterrar, obra de grande necessidade para a freguesia.

 Sabe-se que em 1596 já existia, pois conhece-se o seu ermitão desse ano,

 

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